Notas Iniciais
Eu mudei o template do blog de novo para um mais responsivo e bonito. Em breve, as páginas de personagem serão adicionadas, visto que eu já preparei artes de três personagens.
Este blog então seria o local onde você encontraria tudo em relação à história. Artes e Informações dos personagens, capítulos extras, e claro, capítulos vindos mais cedo e, dependendo se você se inscrever na newsletter do blog, você também terá eles notificados em primeira mão no seu email.
Mais uma vez, obrigado ao Richard por estar me ajudando com a edição da história.
Sem mais delongas, ao capítulo.
Do
nada, lá está. O teto do quarto de Marcos.
Marcos
respira fundo e continua encarando o branco. Ele queria sair da cama, e ao
mesmo tempo não queria. Ele sabia do compromisso importante hoje… Mas ao mesmo
tempo não queria sair de casa.
Ele
solta um longo suspiro. Ele deveria dormir de novo? Ele deveria sair da cama?
—
Filho? — Uma voz, levemente abafada, vem detrás da porta do quarto de Marcos. O
dono da voz era, obviamente, seu pai.
—
Oi. — Marcos responde, com um peso na voz. Típico de alguém que “não está com
saco pra nada”.
—
Posso entrar? — Diz o homem, já abrindo a porta e passando a cabeça pela fresta
da porta que ele abrira.
— Já
entrou...
— E
aí, filhote? Não vai levantar?… A cerimônia de abertura começa às 10... E já
são 8:30! — O homem entra e se senta na base da cama.
Marcos
dá um longo suspiro e volta à olhar para cima.
— Já
vou...
—
Seja rápido, por que conhecendo você, você vai demorar duas horas pra comer,
tomar banho e se aprontar pra sair. E o comitê nem é tão perto assim daqui,
você vai ter que tomar um ônibus primeiro-
—
Táááá! — Marcos interrompe seu pai, já se sentando na cama e buscando seu
celular, observando a hora, as mensagens, notificações, previsão do tempo...
—
Bom, tem torradas no forno, queijo na geladeira, se quiser faz um café... cê já
sabe. — O pai de marcos se levanta da cama.
—
Sim, valeu. — Marcos se levanta e se despreguiça, bocejando e suspirando.
—
Filho?
—
Sim, pai?
—
Você consegue.
Marcos
foi abraçado pelo seu pai. Ele não costumava mostrar tanta afeição, mas sabendo
que esse era um dia muito importante para seu filho, ele não teve como mostrar
seu apoio. Ainda mais sabendo como seu filho se sentia por dentro.
O
homem foi fazer seus serviços enquanto Marcos foi aprontar-se para o que seria
um grande dia.
Ele
comeu bastante para não acabar sentindo fome no meio de tudo e tomou uma boa
caneca de café, pra não sentir sono de repente, já que além de não conseguir
mais dormir cedo já faz um bom tempo, ele também não conseguiu pregar os olhos
nesta noite.
Andando
pra lá e pra cá, pensando “o que eu esqueci”, ele voltou da porta três vezes
para buscar seu time de Pokémon, afinal, nunca se sabe, colocar uma coisa ou
outra na mochila dele, que ele sabia que não ia precisar, mas seu cérebro não
descansava se ele não estivesse com uma, lotada de itens parcialmente úteis...
E até mesmo buscar a própria chave de casa. Como ele planejava sair de casa e
esquece de pegar a chave na cômoda?
Finalmente,
depois de muito vai e vêm e um princípio de dor de barriga de ansiedade... Ele
finalmente sai de casa.
● ● ●
Ele
finalmente chega no Comitê de Batalhas. Correndo, como sempre.
Só
restavam 15 minutos para o início do evento. O que ele estava pensando? Ele se
atrasou total! Logo ele que entrou por benefício!
Bom,
o primeiro ônibus lotou… E o segundo ônibus atrasou…
Mas
se ele saísse de casa mais cedo!…
Não
importa. Agora é viver o momento e enfrentar as consequências.
Ele
entrou correndo no prédio e perguntou a recepcionista, desesperado, as
direções.
Assustada,
porém entendendo a situação, ela deu a direção dos vestuários. — A abertura
começará em breve. Por favor se apresse e se prepare. — Respondeu.
Marcos
agradeceu e correu de novo.
Ele
finalmente chegou no vestuário masculino e logo tomou um canto para se sentar.
A
maioria dos rapazes estava vestindo roupas levemente esportivas – talvez numa
tentativa de emular as cerimônias de abertura de Liga Pokémon que acontecem em
Galar. Porém, não nos foi dado nenhum uniforme.
A
sala estava cheia de caras conversando. Pessoas que Marcos não conhecia. Marcos
não gostava disso. Muitas pessoas e nenhuma conversando com ele. Não que ele
quisesse, pois ele não gosta de desconhecidos. Falar com estranhos é uma
situação muito desajeitada.
Marcos
saiu do lugar que estava e foi para alguns assentos mais afastados, no canto da
parede, onde ele podia “sumir”.
Ele
ficou mexendo no celular enquanto nada começava. Cada minuto parecia uma
eternidade, e ele acabou se cansando de jogar seu joguinho mobile favorito.
Ele
começou a escanear a multidão que ali estava.
Ele
olhou para aquele cara… Aquele outro cara… Hã, o que aquele cara ali está
fazendo? Eww. Vamos olhar na outra direção…
E ao
virar sua cabeça… Ele percebe, dentre os rapazes, um cara que tinha um rosto
familiar… Mas… Não era possível… Será que… Era ele?
Então,
provavelmente percebendo a encarada, o rapaz olha na direção de Marcos.
Imediatamente, o Homem parece reconhece-lo.
—
Marcos?
Oh
não. Ele o viu. Será melhor mudar o olhar? Agora não dá mais tempo, ele já viu!
—
Sou eu! Walter! — O rapaz vêm em direção à Marcos — Você lembra de mim, não é?…
Eu tentei tanto falar com você!…
Sem
dúvidas, aquele era Walter. Apenas muito diferente do que ele lembrava!
Mais
alto, bem mais forte, uma voz mais grossa e um estilo de roupas bem mais
esportivo do que ele costumava usar antes. Assim como uma barbicha que não
estava ali antes.
O
cabelo era o mesmo, no entanto. O mesmo penteado, o mesmo loiro. Assim como
seus olhos turquesas.
— Eu
senti sua falta, eu… — Walter chegou mais perto. Marcos se levantou.
Provavelmente “fugir dali” passou pela sua cabeça, mas antes que ele pudesse
realmente refletir qualquer coisa, Walter deu-lhe um abraço apertado — ME
DESCULPA!!
O
abraço era como o de um Bewear. Marcos mal podia respirar. O abraço demorou uns
bons 3 segundos, com Walter se lamentando e pedindo desculpas. Marcos arranjou
alguma força e deu algumas tapinhas no ombro do rapaz, que entendeu o recado e
o soltou. Marcos engoliu montes de ar, ainda tentando se recuperar de todo o
choque.
—
Foi mal eu… Perdi um pouco o controle…
Marcos
recuperou seu fôlego, mas ainda não tentou de fato responder ao antigo amigo.
Aquele quem ele escolheu não falar mais. Aquele quem ele achou que nunca mais o
veria. Aquele com quem ele tinha uma mágoa… Que ele nem lembrava o porquê
tinha!
—
Eu… mandei mensagem em tudo quanto é lugar… Buddybook, Trainer’s Spot… Tentei
até DM no Switter! Inclusive, aquele seu @ ainda é o mesmo? A conta parece
abandonada…
—
Você tinha que aparecer… Justo hoje…
Antes
que Walter pudesse pensar numa resposta, todos os treinadores foram chamados.
Era a hora da exibição. Marcos foi na frente, e deixou seu antigo rival para
trás, com uma cara decepcionada.
Todos
entraram no campo de batalha, que era bem maior que um campo de batalhas comum
que você encontra numa cidade ou até mesmo num Ginásio. Era mais ou menos o
tamanho de uma quadra esportiva.
Ali
eram decididas batalhas importantes. Um exemplo dessas batalhas é justamente a
batalha decisiva para decidir o próximo Líder de Ginásio. Outros campeonatos
também acabavam acontecendo por ali, e não era incomum de “emprestarem” o campo
para outros fins esportivos.
A
arquibancada estava cheia. Todos gritando e torcendo. Alguns já clamando o nome
de seus favoritos. Aquilo estava realmente afetando Marcos. Ele odiava
multidões, gritarias, pessoas desconhecidas… Ele nunca se imaginou num local
daqueles.
Ele
tentou imaginar seus amigos nas arquibancadas. Tentou até encontra-los… Mas só
de olhar aquele local, fervendo de gente, ele ameaçou passar mal. Então, ele
ignorou tudo aquilo, respirou fundo e só continuou andando e tomou seu lugar
marcado.
A
apresentação começou. O anfitrião agradeceu a presença de todos e anunciou o
número de candidatos participantes. Haviam, na verdade, 64 aspirantes a Líder.
Um número perfeito para um sistema de eliminatórias.
Ele
então dá os destaques.
Marcos
Iron, um rapaz que coletou todas as insígnias de Johto e foi indicado pela
própria Líder de Ginásio atual.
“Por
que ele me chamou primeiro?” Ele pensou.
Walter
Nuckols, um rapaz que também coletou todas as Insígnias de Johto, tendo ganhado
no Torneio de Driftveil no PWT, há um ano atrás.
Marcos
lembrava desse torneio. Mas ele desligara a TV assim que viu quem estava dentre
os participantes. Se a ferida não estava fechada hoje, quem dirá naquele tempo!
Amaya
Kawakami, uma jovem promissora que coletou não só as insígnias de Johto, como
também coletou 5 insígnias em Kanto. Aparentemente, ela costuma cruzar Pokémon
para garantir Pokémon com uma grande variedade de movimentos e com potenciais
maiores.
Hugo
Oliveira, um jovem muito inteligente que, apesar de ter apenas coletado 5
insígnias em Johto, ele já levou o ouro em múltiplos campeonatos em várias
localidades, dentro e fora de Johto. Atualmente, ele ajuda professores no mundo
todo no desenvolvimento de aplicativos de Pokédex.
Apenas
estes quatro participantes foram apresentados, o que deixou o resto dos
competidores um tanto chateados. Afinal, todos gostam de ser o centro das
atenções de vez em quando, e muitos se consideravam até mais importantes que os
que foram apresentados.
Porém
Marcos não. Ele não se achava digno de ser um centro das atenções. Ele só fez
coletar insígnias! A única coisa que o diferencia é que ele foi recomendado
pela Líder de Ginásio, que era sua amiga de infância, fazendo isso, na cabeça
dele, ainda mais questionável.
—
Agora, com nossos Treinadores Destaque apresentados… Vamos começar a nossa
Batalha de Abertura! — Falou o anfitrião, excitando toda a torcida.
—
Batalha de Abertura?… Ninguém me avisou disso! — Marcos falou. Ele começou a
buscar na memória se ele não tinha pulado algo.
— A
Batalha de Hoje será um amistoso em duplas. As nossas duplas serão… — O homem
vira-se para o telão que agora mostravam os participantes — Marcos e Walter
versus Amaya e Hugo!
O
estômago de Marcos afundou. Toda a gritaria parecia ter ficado abafada enquanto
ele tentava digerir tudo.
Ter
que ficar em frente à um mar de pessoas já era desesperador. E ainda mais, ter
que batalhar ao lado de uma pessoa do qual ele não queria mais ver na vida?
Tudo
começou a girar, e Marcos começou a respirar fundo para tentar não cair no
chão.
— A
batalha começará em meia hora! Pedimos aos participantes que se preparem!
Marcos
só não correu pois haviam muitos à sua frente.
Ao
entrar no vestuário, ele se encontrou num empasse. Ele deveria chamar a
administração e recusar-se a batalhar? Ou só tentar fugir? Não… Marcos já fugiu
demais. Ele não deveria fugir mais. Mas… Ele não queria!
—
Ei, maninho! — O loiro caminha em direção a Marcos, que está hiperventilando e
coçando a cabeça como se houvesse mil insetos em seu cabelo — Uh… Você…
— SE
EU TÔ BEM? NÃO. EU NÃO ESTOU BEM. NÃO ESTOU NADA BEM.
Walter
suspira — Olha, Marcos… Eu sei que…
— SÓ
ME DEIXA SOZINHO. POR FAVOR.
Walter
inspira e prende, como quando alguém está a ponto de chorar, mas segura as
lagrimas. Sem dizer mais uma palavra, ele apenas anda para o outro lado da
sala, aonde permanece em silencio.
A
outra dupla, no entanto, já estavam se preparando, conversando e discutindo
suas técnicas.
Os
trinta minutos passaram de forma estranhos. Eles pareceram demorar e ao mesmo
tempo pareceram passar tão rápido.
Não
foi exatamente tempo o suficiente para Marcos se sentir totalmente curado
emocionalmente, mas o tempo sozinho no canto da sala lhe deu um alívio.
Ao
serem chamados de volta, Marcos fez questão de ficar o máximo de distância de
Walter, que tentava esconder um rosto triste. Estaria Marcos exagerando? Aquilo
tudo aconteceu anos atrás, e antes disso eles eram até próximos! Mas dado a
ocasião, ele não estava com cabeça para pensar em outras formas de agir. Ele só
queria sair dali e voltar para cama dele, jogando videogame o dia todo.
— E
que comece a batalha! — O anfitrião sinaliza.
Amaya
liberou um Azumarill, enquanto Hugo libera um Parasect.
Walter
libera seu Machamp. Marcos têm um breve momento de nostalgia. “Machoke
evoluiu!” ele pensou. Ele se desligou desses pensamentos e liberou seu Aggron.
—
Vocês têm as honras. — Hugo pede.
—
Então que comecemos! — Walter toma um passo à frente — Machamp! Soco do Trovão!
Machamp
cerra o seu punho inferior direito enquanto corre em direção à Azumarill.
Marcos não precisou apontar o Pokémon que deveria ser atacado – dado a
experiência em batalhas que os dois tinham, ele já sabia em qual Pokémon Walter
tinha em mente.
Enquanto
se aproximava, o punho de Machamp brilhou em um tom amarelo, até que faíscas
começaram a sair. Aquele seria um grande soco.
—
Parasect! Entre na frente!
Com
grande rapidez, Parasect pulou para cima do Machamp, que freou devido ao susto.
—
Agora use suas Esporas! — Parasect
balançou seu grande cogumelo e liberou milhares das suas esporas tóxicas para
cima do Pokémon humanoide, que, após tossir, entrou em estado de sonolência e
caiu no campo de batalha. — Suga-Vida!
Parasect
pulou em cima do Pokémon dormente e o mordeu nas costas, alimentando-se de seu
Sangue.
—
Não, Machamp!
Marcos
paralisou por um tempo. O que fazer? Isto era uma batalha, querendo ou não,
Walter e Machamp eram seus aliados no momento. Era seu dever ajuda-los.
—
Hagane! Afaste o com um Ice Punch!
O
grande Pokémon metálico correu em direção ao Parasect, fechando seu punho,
carregando uma energia congelante nele.
— Jato d’água! — Comanda Amaya ao seu
Azumarill.
O
coração de Marcos pula uma batida. Marcos se esqueceu completamente que havia
um Pokémon com vantagem sobre ele. Aliás, a vantagem era praticamente total
para os adversários.
Um
grande Jato de água bateu em cheio no Aggron, que ficou sem reação por um
momento.
Pra
Marcos, aquele já era o fim. Não tinha mais como eles ganharem. Eles já estavam
dominados.
Enquanto
Marcos pensava na derrota melancolicamente, Machamp, de repente, prende Parasect
com o seu par superior de braços.
—
Boa Machamp! — Gritou Walter — Tacada
Sísmica!
Machamp
se levantou, mantendo Parasect preso com seus fortes braços superiores. Ele
então salta o mais alto que pode e lança o Parasect no chão.
Marcos
fica surpreso. O jogo estaria virando para ele?
—
Hagane! Use… — Marcos não sabia o que pedir para seu Pokémon usar. Ele não
conseguia pensar numa estratégia rápida. Qual Pokémon atacar? Que ataque usar?
Ele não tinha tempo, então pensou na primeira coisa que veio em mente — Smart Strike no Azumarill!
Obviamente,
essa não foi uma das melhores escolhas. Antes que Aggron conseguisse acertar,
Amaya já estava preparando seu contra-ataque.
— Água Barrenta!
Azumarill
gritou aos céus, enquanto a ponta de sua cauda brilhou em azul claro. A terra
tremeu gentilmente enquanto um grande volume de uma água suja e marrom apareceu
do nada. A grande onda acertou em cheio Hagane, que foi arrastado pela água e
detritos. Machamp também recebeu o golpe e foi arrastado, junto com Parasect.
Porém, este não parecia estar sofrendo com a água.
Ao
ver seu Aggron e o Machamp do seu parceiro deitados no chão, Marcos já percebeu
que ele não tinha poder o suficiente para vencer. Ele nem deveria estar ali.
Ele só estava “brincando de ser treinador”.
— Já
era. Perdemos. — Ele disse.
Walter
olhou para Marcos. Ele abriu a boca, querendo dizer algo, mas se segurou e
focou na batalha.
—
Machamp, ainda consegue se levantar?
O
Pokémon musculoso fez algum esforço e se pôs de pé, usando ambos braços
esquerdos para mandar um sinal afirmativo de “joinha”.
—
Boa! Vamos pegá-los! Vamos usar aquilo!
Tacada Sísmica!
O
Machamp voou para cima do Parasect e o agarrou em um instante. O Pokémon inseto
se debateu para se livrar, até tentando liberar algumas de suas esporas. Já
sabendo do que essas esporas eram capazes, Machamp cobriu seu rosto e pulou,
lançando então o pobre Pokémon sobre o outro Pokémon, causando danos nos dois.
As esporas de Parasect se espalharam no momento da colisão, fazendo Azumarill
cair no sono instantaneamente.
—
Belo combo. Mas já imaginávamos algo assim acontecer. — Falou Hugo. Walter
sentiu um arrepio subir seu pescoço — Aromaterapia, Parasect!
Parasect
balançou incessantemente seu cogumelo, lançando uma nuvem de esporas róseas no
campo. Essas esporas, porém, exalavam um cheiro doce. Ao sentir o cheiro,
Azumarill despertou. No entanto, seu semblante havia mudado. Ele aparentava ter
recebido uma grande dose de poder.
— Rolo Compressor!
Azumarill
correu e se jogou no chão, permitindo que seu corpo rolasse em alta velocidade
contra Machamp. Antes que pudesse haver qualquer reação, seja do Pokémon ou
Treinador, Azumarill acerta em cheio a barriga de Machamp, e o faz cair,
deitado. O Pokémon tenta se levantar, porém, é recebido com outro golpe
certeiro.
—
MARCOS! — Walter grita desesperado pedindo ajuda.
Marcos
sai de seu estado de melancolia para perceber que seu Pokémon havia levantado sem
ele nem mesmo perceber. Hagane ainda queria continuar lutando.
— IRON TAIL! — Marcos finalmente comanda.
Hagane
corre até Machamp e rebate Azumarill usando sua pesada cauda antes que ele o
atinja. Azumarill é lançado com tremenda força para trás, batendo nas paredes
da arquibancada. Ele pareceu ter recebido muito dano com esse contragolpe. Os
treinadores oponentes parecem ter ficado impressionados, mas logo seus rostos
surpresos mudam novamente.
— Eu
cansei disso. Marie? — O Pokémon coelho levanta, arranjando o máximo de força
que ainda pode. Azumarill realmente são conhecidos por aguentar bem golpes
duros — Água Barrenta!
O
Pokémon mais uma vez evoca um grande volume de água barrenta pra cima do campo
de batalha, acertando mais uma vez todos os Pokémon. Dessa vez, o ataque foi
tão forte que até os treinadores foram atingidos, porém, acertando apenas suas
pernas.
Após
a água desaparecer, ambos Aggron e Machamp estavam no chão. Eles não pareciam
ter muito mais força para continuar.
—
Machamp e Aggron estão fora de combate. Azumarill e Parasect são os vencedores!
— Anuncia o Juiz.
A
plateia entra em frenezi enquanto Marcos suspira com pesar e retorna seu
Pokémon, sem dizer uma palavra. Sem cerimônia, ele simplesmente se vira e vai
embora, ignorando seu parceiro ir até os oponentes e agradecê-los pela batalha.
Marcos
simplesmente entra no vestuário vazio e se senta no canto. Claro, aquilo foi um
amistoso, mas ele perdeu na frente de todo mundo. Ele foi um fracasso como ele
sempre desconfiou.
Ele
segura uma lágrima enquanto seu rosto dói. E respira fundo, se afogando em
pensamentos pessimistas. Talvez ele devesse apenas desistir disso tudo. Ele não
tem vocação para batalhas. Todos estão errados e só falam isso para que ele se
sinta melhor. Ou pelo menos é como ele pensa.
—
Marcos? — Walter entra correndo no vestuário, procurando por Marcos por toda a
parte, até encontra-lo em um dos bancos no canto. Marcos não diz nada — Foi…
Uma boa batalha!…
— Vá
embora.
Walter
engole seco e suspira. Ele lentamente vai em direção ao rapaz do outro lado da
sala e se senta próximo a ele.
—
Podemos conversar?
—
Não.
—
Só… Me dá uma chance!
Marcos
suspira. Ele então cede, apenas soltando um “hm” afirmativo.
—
Então… Eu sei que eu agi de forma errada anos atrás, mas… Olha, eu não sou mais
aquele cara! Eu mudei! E eu quero consertar as coisas! Eu quero que voltemos a
ser amigos! — Marcos fica em silencio — Você é um treinador forte! Mesmo que
tenhamos perdido, eu pude sentir que você melhorou muito! Tipo, você evoluiu
seu Lairon e agora ele é um Aggron! E eu nunca vi um Aggron tão leal e bem
cuidado assim, eles tendem a ser bem mais imprevisíveis e violentos! — Marcos
continua calado — Por favor, Mark. Podemos começar de novo? Por favor?
Lágrimas
escorrem o rosto do homem. Marcos acaba por perceber, após os fungados altos e
inconstantes. Talvez Marcos realmente esteja sendo duro demais. Ele já pediu
desculpas e também não era como se ele estivesse totalmente errado.
—
Meu nome é Marcos. — O coração de Walter afundou. Pelo tom que Marcos falou,
parece que ele estava recusando o apelido. Porém Marcos levanta seu rosto para
mostrar um sorriso por detrás de olhos inchados e um rosto molhado — E o seu?
— Walter!
É um prazer conhecer! — O rapaz não consegue mais controlar e deixa que o choro
tome conta.
Os
dois apertam as mãos, como um sinal de que tudo está acertado entre eles.
—
Prazer em conhecer.
Yey, apareceu nosso colega do prólogo, meu deus que porrada eles receberam na abertura, depois dessa o comite decidiu desclassificar Mark pois ele não tinha o que é necessário para ser um líder lol, pobre Mark, pelo menos agora ele tem um novo velho amigo ^^
ResponderExcluirMais um lido, mais um para ler, até logo!